Despedida

"Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria tudo o que digo.

Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam.

Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz."

"Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem.

Escutaria quando os outros falassem e degustaria um bom sorvete de chocolate.

Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, vestiria simplesmente, me jogaria de bruços ao solo. Deixando a descoberto não apenas meu corpo, como minha alma.

Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse.

Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre estrelas um poema de Mário Benedetti e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à Lua."

"Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo de suas pétalas.

Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida. Não deixaria passar um só dia sem dizer às gentes – te amo, te amo."

"Convenceria cada mulher e cada homem que são os meus favoritos e viveria enamorado do amor.

Aos homens, lhes provaria como estão enganados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar.

A uma criança, lhe daria asas, mas deixaria que aprendesse a voar sozinha."

"Aos velhos ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento. Tantas coisas aprendi com vocês, os homens...

Aprendi que todo mundo quer viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa.

Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão pela primeira vez o dedo de seu pai, o tem prisioneiro para sempre."

"Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se.

São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas finalmente, não poderão servir muito porque quando me olharem dentro dessa maleta (laptop), infelizmente estarei morrendo.

Boa Noite."

Gabriel García Márquez


A viagem

Dia desses, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem.

Uma comparação extremamente interessante, quando bem interpretada.

Interessante, porque nossa vida é como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques...

Quando nascemos, ao embarcarmos nesse trem, encontramos duas pessoas que, acreditamos que farão conosco a viagem até o fim: nossos pais.

Não é verdade.
Infelizmente, em alguma estação, eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seus carinho, proteção, amor e afeto. Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão ser especiais para nós: nossos irmãos, amigos e amores

Muitas pessoas tomam esse trem a passeio.
Outras fazem a viagem experimentando somente tristezas. E no trem há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem precisa.

Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém sequer percebe.

Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso. Isso nos obriga a fazer essa viagem separados deles. Mas isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles.
O difícil é aceitarmos que não podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar.

Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. Sabemos que esse trem jamais volta.

Façamos essa viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos, procurando em cada um o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajeto poderão fraquejar, e, provavelmente, precisaremos entender isso.

Nós mesmos fraquejamos algumas vezes. E, certamente, alguém nos entenderá. O grande mistério é que não sabemos em qual parada desceremos.

E fico pensando: quando eu descer desse trem sentirei saudades? Sim.

Deixar meus filhos viajando sozinhos será muito triste. Separar-me dos amigos que nele fiz, do amor da minha vida, será para mim dolorido.

Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal, e terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram. E o que me deixará feliz é saber que,
de alguma forma, eu colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tornado valiosa.

Agora, nesse momento, o trem diminui sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas.
Minha expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade...

Quem entrará? Quem sairá?

Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem, não só como a representação da morte, mas, também, como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas construíram e que, por um motivo ínfimo, deixaram desmoronar.

Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós, têm a capacidade de reconstruir para recomeçar.

Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o melhor de "todos os passageiros".

Agradeço muito por você fazer parte da minha viagem, e por mais que nossos assentos não estejam lado a lado, com certeza, o vagão é o mesmo.


Pausa

"Na pausa não há música, mas a pausa ajuda a fazer a música".

Na melodia da nossa vida a música é interrompida aqui e ali por "pausas’... E nós, sem refletirmos, pensamos que a melodia terminou. Deus nos envia, às vezes, um tempo de parada forçada.

Pode ser uma provação, planos fracassados, ou esforços frustrados.

E faz uma pausa repentina no coral de nossa vida.
Nós lamentamos que a nossa voz tenha de calar-se, e tenha de faltar a nossa parte na música que sobe até aos ouvidos do criador.

Mas como é que o maestro lê a pausa?
Ele continua a marcar o compasso com a mesma precisão e toma a nota seguinte com firmeza, como se não tivesse havido interrupção alguma.

Deus segue um plano ao escrever a música de nossa vida.

A nossa parte deve ser aprender a melodia e não desmaiar nas "pausas".

Elas não estão ali para serem passadas por alto ou serem omitidas, nem para atrapalhar a melodia ou alterar o tom.

Se olharmos para cima, Deus mesmo marcará o compasso para nós.

Não nos esqueçamos, contudo, de que "ela ajuda a fazer a música".

Com os olhos Nele, vamos ferir a próxima nota com toda a clareza sem murmurarmos tristemente: "Na pausa não há música". 

Compor a música da nossa vida é geralmente um processo lento e trabalhoso.

Com paciência, Deus trabalha para nos ensinar! E quanto tempo Ele espera até que aprendamos a lição!

Lembre-se, a pausa não dura muito.

Ela apenas serve para continuar a música!!!


A outra Amazônia

Toda riqueza acaba por se tornar objeto de cobiça, impondo ao detentor o ônus da proteção. Tratando-se de recursos naturais, a questão adquire conotações de soberania nacional, envolvendo políticas adequadas, que não se limitam a, mas incluem, necessariamente, a defesa daqueles recursos.

Nesse contexto, a Amazônia brasileira, com mais de 4 milhões de km2, abrigando parcela considerável da água doce do planeta, reservas minerais de toda ordem e a maior biodiversidade da Terra, tornou-se riqueza conspícua o suficiente para, após a percepção de que se poderiam desenvolver ameaças à soberania nacional, receber a atenção dos formuladores da política nacional. Assim, a região passou a ser objeto de notáveis iniciativas governamentais, que visam à consolidação de sua integração ao território nacional, à garantia das fronteiras, à ocupação racional do espaço físico e à exploração sustentada dos importantes recursos naturais ali existentes. Como exemplos dessas iniciativas podemos citar o Projeto Calha Norte e o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), que inclui o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).

Entretanto, há uma outra Amazônia, cuja existência é, ainda, tão ignorada por boa parte dos brasileiros quanto o foi aquela por muitos séculos. Trata-se da "Amazônia azul", que, maior do que a verde, é inimaginavelmente rica. Seria, por todas as razões, conveniente que dela cuidássemos antes de perceber-lhe as ameaças.

Conforme estabelecido na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, ratificada por quase cem países, inclusive o Brasil, todos os bens econômicos existentes no seio da massa líquida, sobre o leito do mar e no subsolo marinho, ao longo de uma faixa litorânea de 200 milhas marítimas de largura, na chamada Zona Econômica Exclusiva (ZEE), constituem propriedade exclusiva do país ribeirinho. Em alguns casos, a Plataforma Continental (PC) -prolongamento natural da massa terrestre de um Estado costeiro- ultrapassa essa distância, podendo estender a propriedade econômica do Estado a até 350 milhas marítimas. Essas áreas somadas -a ZEE mais a PC- caracterizam a imensa "Amazônia azul", medindo quase 4,5 milhões de km2, o que acrescenta ao país uma área equivalente a mais de 50% de sua extensão territorial.

No Brasil, apesar de 80% da população viver a menos de 200 km do litoral, pouco se sabe sobre os direitos que o país tem sobre o mar que o circunda e seu significado estratégico e econômico, fato que, de alguma forma, parece estar na raiz da escassez de políticas voltadas para o aproveitamento e proteção dos recursos e benefícios dali advindos.

Citemos, de início, o transporte marítimo. Apesar de ser lugar-comum afirmar que mais de 95% do nosso comércio exterior é transportado por via marítima, poucos se dão conta da magnitude que o dado encerra. O comércio exterior, soma das importações e das exportações, totalizou, no ano passado, um montante da ordem de US$ 120 bilhões. Ademais, não é só o valor financeiro que conta, pois, em tempos de globalização, nossos próprios produtos empregam insumos importados, de tal sorte que interferências com nosso livre trânsito sobre os mares podem levar-nos, rapidamente, ao colapso. A conclusão lógica é a de que somos de tal maneira dependentes do tráfego marítimo que ele se constitui em uma de nossas grandes vulnerabilidades. Como agravante, o país gasta com fretes marítimos, anualmente, cerca de US$ 7 bilhões, sendo que apenas 3% desse total são transportados por navios de bandeira brasileira.

O petróleo é outra grande riqueza da nossa "Amazônia azul". No limiar da auto-suficiência, o Brasil prospecta, no mar, mais de 80% do seu petróleo, o que, em números, significa algo na ordem de 2 milhões de barris por dia. Com as cotações vigentes, é dali extraído, anualmente, um valor aproximado de US$ 22 bilhões. Novamente, não é só o valor financeiro que conta. Privados desse petróleo, a decorrente crise energética e de insumos paralisaria, em pouco tempo, o país.

Além do tráfego marítimo e do petróleo, que, per se, já bastariam para mensurar o significado da nossa dependência em relação ao mar, poderíamos mencionar outras potencialidades econômicas como, por exemplo, a pesca. Em que pese a vastidão da área a explorar, a pesca permanece praticamente artesanal, enfrentando dificuldades de toda ordem, que elevam os custos e limitam a produção, quando poderia ser uma valiosa fonte para a geração de empregos e, também, um poderoso aliado para o programa Fome Zero. Existem, ainda, potencialidades menos tangíveis, como os nódulos polimetálicos, jazentes sobre o leito do mar e cuja exploração, economicamente inviável no presente, poderá se tornar considerável filão de riquezas no futuro.

Na Amazônia verde, as fronteiras que o Brasil faz com seus vizinhos são fisicamente demarcáveis e estão sendo efetivamente ocupadas por pelotões de fronteira e obras de infra-estrutura. Na "Amazônia azul", entretanto, os limites das nossas águas jurisdicionais são linhas sobre o mar. Elas não existem fisicamente. O que as define é a existência de navios patrulhando-as ou realizando ações de presença.

Para tal, a Marinha tem que ter meios, e há que se ter em mente que, como dizia Rui Barbosa, esquadras não se improvisam. Para que, em futuro próximo, se possa dispor de uma estrutura capaz de fazer valer nossos direitos no mar, é preciso que sejam delineadas e implementadas políticas para a exploração racional e sustentada das riquezas da nossa "Amazônia azul", bem como que sejam alocados os meios necessários para a vigilância e a proteção dos interesses do Brasil no mar.

FEV2004

Roberto de Guimarães Carvalho, 64, almirante-de-esquadra, é o Comandante da Marinha


A honestidade não tem preço

A história é comovente. Fala de uma honestidade a toda prova, e é contada por Vladimir Petrov, jovem prisioneiro de um campo de concentração no nordeste da Sibéria.

Vladimir tinha um companheiro de prisão chamado Andrey.

Ambos sabiam que daquele lugar poucos saíam com vida, pois o alimento que se dava aos prisioneiros políticos não tinham por objetivo mantê-los vivos por muito tempo.

A taxa de mortalidade era extremamente alta, graças ao regime de fome e aos trabalhos forçados. E como é natural, os prisioneiros, em sua maioria, roubavam tudo quanto lhes caía nas mãos.

Vladimir tinha, numa pequena caixa, alguns biscoitos, um pouco de manteiga e açúcar - coisas que sua mãe lhe havia mandado clandestinamente, de quase três mil quilômetros de distância.

Guardava aqueles alimentos para quando a fome se tornasse insuportável. E como a caixa não tinha chave, ele a levava sempre consigo.

Certo dia, Vladimir foi despachado para um trabalho temporário em outro campo. E porque não sabia o que fazer com a caixa, Andrey lhe disse: deixe-a comigo, que eu a guardo. Pode estar certo de que ficará a salvo comigo.

No dia seguinte da sua partida, uma tempestade de neve que durou três dias tornou intransitáveis todos os caminhos, impossibilitando o transporte de provisões.

Vladimir sabia que no campo de concentração em que ficara Andrey, as coisas deviam andar muito mal.

Só dez dias depois os caminhos foram reabertos e Vladimir retornou ao campo.

Chegou à noite, quando todos já haviam voltado do trabalho, mas não viu Andrey entre os demais.

Dirigiu-se ao capataz e lhe perguntou:

- Onde está Andrey?

- Enterrado numa cova enorme junto com outros tantos prisioneiros - respondeu ele. Mas antes de morrer pediu-me que guardasse isto para você.

Vladimir sentiu um forte aperto no coração.

- Nem minha manteiga nem os biscoitos puderam salvá-lo, pensou.

Abriu a caixa e, dentro dela, ao lado dos alimentos intactos, encontrou um bilhete dizendo:

"Prezado Vladimir. Escrevo enquanto ainda posso mexer a mão. Não sei se viverei até você voltar, porque estou horrivelmente debilitado. Se eu morrer, avise a minha mulher e meus filhos. Você sabe o endereço.

Deixo as suas coisas com o capataz. Espero que as receba intactas."

Andrey.

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Ser honesto é dever que cabe a toda criatura que tem por meta a felicidade.

E a fidelidade é uma das virtudes que liberta o ser e o eleva na direção da luz.

Uma amizade sólida e duradoura só se constrói com fidelidade e honestidade recíprocas.

Somente as pessoas honestas e fiéis possuem a grandeza d’alma dos que já se contam entre os espíritos verdadeiramente livres.


Viver Não Dói

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?

A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.

O sofrimento é opcional.

Carlos Drummond de Andrade


 

10 Coisas

10 Coisas que levei 60 anos para aprender:

1 - Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

2 - Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial , essa palavra seria "reuniões".

3 - Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

4 - As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

5 - Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6 - Ninguém liga se você não sabe dançar bem. Levante e dance.

7 - A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

8 - Se uma pessoa é boa com você, mas grosseira com o garçom, nunca será uma boa pessoa.

9 - Seus amigos de verdade amam você, de qualquer jeito.

10 - Nunca tenha medo de tentar algo novo. 

       Lembre-se que um "armador" solitário e inexperiente construiu a Arca. 
       Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic. 

(autor desconhecido)



Aprendi 

Que a melhor escola do mundo está nos pés dos mais velhos.

Que quando se está apaixonado não dá para esconder. Que se apenas uma pessoa me disser "Você me fez ganhar o dia!", o meu dia está ganho.

Que ter uma criança adormecendo em meus braços é uma das maiores sensações de paz do mundo.

Que ser generoso é mais importante do que estar certo.

Que nunca se deve dizer "não" ao presente de uma criança.

Que eu sempre posso rezar por uma pessoa quando não tenho condições de ajudá-la de outra forma.

Que não importa quão sério a vida me obrigue ser, todo mundo precisa de um amigo para brincar.

Que às vezes tudo que uma pessoa precisa é uma mão para segurar e um coração para entendê-la.

Que umas simples voltas no quarteirão com meu pai, nas noites quentes de verão, quando eu era criança fez maravilhas em mim quando fiquei adulto.

Que a vida é como um rolo de papel-higiênico. Quanto mais perto do fim, mais depressa passa.

Que devemos estar contentes por Deus por não nos ter dado tudo que pedimos.

Que o dinheiro não compra a elegância.

Que são aqueles pequenos acontecimentos diários que fazem a vida tão espetacular. 

Que debaixo de uma couraça tem sempre alguém precisando de reconhecimento e amor.

Que Deus não fez tudo em um dia. O que me faz achar que eu posso?

Que ignorar os fatos não muda a importância deles.

Que quando se quer ficar "quites" com alguém, apenas estamos deixando que aquela pessoa nos fira de novo.

Que o amor, e não o tempo, cura todas as feridas.

Que o jeito mais fácil de crescer como pessoa é me cercar de pessoas melhores que eu.

Que todas as pessoas que encontramos merecem ser recebidas com um sorriso.

Que não há nada mais doce do que dormir com os filhos e sentir a respiração deles no rosto.

Que ninguém é perfeito até que eu me apaixone.

Que a vida é dura, mas que eu sou mais duro.

Que as oportunidade não se perdem; alguém vai pegar as que eu perdí.

Que quando se cultiva tristezas, a felicidade vai bater noutro lugar.

Que eu gostaria de ter dito mais uma vez a meu pai que eu o amo antes dele morrer.

Que se deve usar palavras suaves e macias porque, talvez amanhã, tenhamos que engolí-las.

Que um sorriso é a forma mais barata para se melhorar o visual.

Que não posso escolher como me sinto, mas que posso escolher como reagir a isto.

Que quando seu bebê segura forte seu dedo mindinho, que você foi fisgado para a vida toda.

Que todo mundo quer viver no topo da montanha, mas que toda a felicidade e o crescimento está na escalada.

Que émelhor dar conselho somente em duas circunstâncias; quando for pedido e quando for uma questão de vida ou morte.

Que quanto menos tempo eu gastar fazendo uma coisa, mais coisas eu faço.


Promessas Matrimoniais

Mario Quintana

Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento na igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre:
"Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?"
Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:
Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
Promete se deixar conhecer? Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usara a rotina como desculpa para sua falta de humor?
Promete que fara sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educara para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
Promete que não falara mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que sabera lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
Promete que sera tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?

Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros.


Cada um

Cada um que passa em nossa vida, passa só, pois cada pessoa é única, e nenhuma substitui a outra.

Cada um que passa em nossa vida,  passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa só.

Leva um pouco de nós, deixa um pouco de si. 

Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada.

Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova de que duas almas não se encontram por acaso...

 Antoine de Saint-Exupéry


Felicidade

Passamos a vida em busca da felicidade. Procurando o tesouro escondido.

E, assim, uns fogem de casa para serem felizes.

Outros fogem para casa em busca de felicidade.

Uns se casam pensando em serem felizes.

Outros se divorciam para serem felizes.

Uns desejam viver sozinhos para serem felizes.

Outros desejam possuir uma grande família a fim de serem felizes.

Uns fazem viagens caríssimas buscando serem felizes.

Outros trabalham além do normal buscando a felicidade.

Uns desejam ser profissionais liberais para comandar a sua própria vida e poder serem felizes.

Outros desejam ser empregados para ter a certeza do salário no fim do mês e, assim, poderem ser felizes.

Outros, ainda, desejam trabalhar por comissão, assegurando que o seu esforço se transforme em melhor remuneração e assim serem felizes.

É uma busca infinita. Anos desperdiçados.

Nunca a lua está ao alcance da mão.

Nunca o fruto está maduro.

Nunca o carinho recebido é suficiente.

Mas há uma forma melhor de viver!

A partir do momento em que decidirmos sermos felizes, nopssa busca da felicidade chegou ao fim.

É que percebemos que a felicidade n~çao está na riqueza material, na casa nova, no carro novo, naquela carreira, naquela pessoa.

E jamais está à venda.

Quando não conseguimos achar satisfação dentro de nós mesmos é inútil procurar em outra parte. Sempre que dependemos de fatores externos para ter alegria, estamos fadados à decepção.

A felicidade não se encontra nas coisas exteriores. A felicidade consiste na satisfação com o que temos e com o que não temos. Poucas coisas são necessárias para fazer o homem sábio feliz, ao mesmo tempo que nenhuma fortuna satisfaz a um inconformado.

As necessidades de cada um de nós são poucas. Enquanto nós tivermos algo a fazer, alguém para amar, alguma coisa para esperar, seremos felizes.

Tenhamos certeza:

A única fonte de felicidade está dentro de nós, e deve ser repartida.

Repartir nossas alegrias é como espalhar perfume sobre os outros; Sempre algumas gotas acabam caindo sobre nós mesmos.

Se chover, seja feliz com a chuva que molha os campos, varre as ruas e limpa a atmosfera.

Se fizer sol, aproveite o calor.

Se houver flores em seu jardim, aproveite o perfume.

Se tudo estiver seco, aproveite para colocar as mão na terra, plantar sementes e aguardar a floração.

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"O tempo é muito lento para os que esperam;

muito rápido para os que tem medo;

muito longo para os que lamentam;

muito curto para os que festejam;

mas para os que amam, o tempo é a eternidade."


Nunca se abandone

Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer nossas expectativas, assim como não estamos aqui para satisfazer as delas.

Temos que nos bastar. Nos bastar sempre e, quando procurarmos estar com alguém, fazer isso cientes de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam. Elas se completam não por serem metades, mas por serem, pessoas inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.


A arte de não adoecer

 
  Se não quiser  adoecer - "Fale de seus sentimentos"
  Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos,  acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o  tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos  pecados. O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente  terapia.

  Se não  quiser adoecer - "Tome decisão"
  A pessoa  indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula  problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões.  Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas  e problemas de pele.

  Se não  quiser adoecer - "Busque soluções"
  Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os  problemas.  Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender  o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de  mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia  negativa que se transforma em doença.

  Se não quiser  adoecer - "Não viva de aparências"
  Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer  sempre dar a impressãoque está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de  barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a  dor.

  Se não  quiser adoecer - "Aceite-se"
  A rejeição de  si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós  mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam  são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

  Se não quiser  adoecer - "Confie"
  Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não  há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

  Se não  quiser adoecer - "Não viva sempre triste"
  O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a  saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em  que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor". Alegria é saúde e terapia.

 Dr. Dráuzio Varella


A folha amassada

Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva à menor provocação.

Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem havia magoado.

Um dia, meu professor, após presenciar toda uma cena, me viu pedindo desculpas depois de uma explosão de raiva...

Então me chamou e me entregou uma folha de papel lisa e me disse: Amasse-a!

Com receio, obedeci e fiz com ela uma bolinha.

Agora, deixe-a como estava antes. Voltou a dizer-me.

É óbvio que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentasse, o papel continuava cheio de pregas.

O professor me disse, então:

O coração das pessoas é como esse papel.

A impressão que nele deixamos será tão difícil de apagar quanto esses amassados.

Assim, aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente.

Quando sinto vontade de estourar, lembro daquele papel amassado.

A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar.

Quando magoamos alguém com nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas é tarde demais...

Um Mestre Sufi disse certa vez: "Se o que você pretende dizer não é mais belo que o silêncio, para que falar?".


Difícil de acreditar

Pensando bem, é difícil acreditar que estejamos vivos até hoje!
Quando éramos pequenos, viajávamos de carro, sem cintos de segurança, sem ABS e sem air-bag!
Os vidros de remédio ou as garrafas de refrigerantes não tinham nenhum tipo de tampinha especial... Nem data de validade...
E tinham também aquelas bolinhas de gude... Que vinham embaladas sem instrução de uso.
A gente bebia água da chuva, da torneira e nem conhecia água engarrafada!Que horror!
A gente andava de bicicleta sem usar nenhum tipo de proteção...
E passávamos nossas tardes construindo nossas pipas ou nossos carrinhos de rolimã. A gente se jogava nas ladeiras e esquecia que não tinha freios até que não déssemos de cara com a calçada ou com uma árvore...
E depois de muitos acidentes de percurso, aprendíamos a resolver o problema... SOZINHOS!
Nas férias, saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo; nossos pais às vezes não sabiam exatamente o perigo.
Não existiam os celulares! Incrível! A gente procurava encrenca. Quantos machucados, ossos quebrados e dentes moles dos tombos!
Ninguém denunciava ninguém... Eram só "acidentes" de moleques: na verdade nunca encontrávamos um culpado.
Você lembra destes incidentes: janelas quebradas, jardins destruídos, as bolas que caíam no terreno do vizinho ???
Existiam as brigas e, às vezes, muitos pontos roxos... E mesmo que nos machucássemos e, tantas vezes, chorássemos, passava rápido; na maioria das vezes, nem mesmo nossos pais vinham a descobrir...
A gente comia muito doce, pão com muita manteiga...Mas ninguém era obeso... No máximo, um gordinho saudável... Nem se falava
em colesterol...
A gente dividia uma garrafa de suco, refrigerante ou até uma cerveja escondida, em três ou quatro moleques, e ninguém morreu por causa de vermes!
Não existia o Playstation, nem o Nintendo...Não tinha TV a cabo, nem videocassete, nem Computador, nem Internet...
Tínhamos, simplesmente, amigos!
A gente andava de bicicleta ou a pé. Íamos a casa dos amigos, tocávamos campainha, entrávamos e conversávamos...
Sozinhos, num mundo frio e cruel... Sem nenhum controle! Como sobrevivemos?
Inventávamos jogos com pedras, feijões ou cartas...Brincávamos com pequenos monstros: lesmas, caramujos, e outros
animaizinhos, mesmo se nossos pais nos dissessem para não fazer isso!
Os nossos estômagos nunca se encheram de bichos estranhos! No máximo, tomamos algum tipo de xarope contra vermes e outros monstros destruidores...
aquele cara com um peixe nas costas... (um tal de óleo de fígado de bacalhau).
Alguns estudantes não eram tão inteligentes quanto os outros, e tiveram que refazer a segunda série... Que horror!
Não se mudavam as notas e ninguém passava de ano,mesmo não passando.As professoras eram insuportáveis! Não davam moleza... Os maiores problemas na escola eram:chegar atrasado, mastigar chicletes na classe ou mandar bilhetinhos falando mal da professora, correr demais no recreio ou matar aula só pra ficar jogando bola no campinho...
As nossas iniciativas eram "nossas", mas as conseqüências também! Ninguém se escondia atrás do outro...
Os nossos pais eram sempre do lado da Lei quando transgredíamos as regras!
Se nos comportávamos mal, nossos pais nos colocavam de castigo e, incrivelmente, nenhum deles foi preso por isso!
Sabíamos que quando os pais diziam "NÃO", era "NÃO".
A gente ganhava brinquedos no Natal ou no aniversário, não todas as vezes que ia ao supermercado... Nossos pais nos davam presentes por amor,nunca por culpa...
Por incrível que pareça, nossas vidas não se arruinaram porque não ganhamos tudo o que gostaríamos, que queríamos...
Esta geração produziu muitos inventores, artistas, amantes do risco e ótimos Solucionadores" de problemas... Nos últimos 50 anos, houve uma desmedida explosão de inovações, tendências... Tínhamos liberdade, sucessos, algumas vezes problemas e desilusões, mas tínhamos muita responsabilidade...
E não é que aprendemos a resolver tudo!!! E sozinhos... Se você é um destes sobreviventes...

PARABÉNS!!! VOCÊ CURTIU OS ANOS MAIS FELIZES DE SUA VIDA...

Luis Fernando Veríssimo


Raízes profundas

Tempos atrás, eu era vizinho de um médico, cujo "hobby" era plantar árvores no enorme quintal de sua casa.
Às vezes, observava da minha janela o seu esforço para plantar árvores e mais árvores, todos os dias.
O que mais chamava a atenção, entretanto, era o fato de que ele jamais regava as mudas que plantava.
Passei a notar, depois de algum tempo, que suas árvores estavam demorando muito para crescer.
Certo dia, resolvi então aproximar-me do médico e perguntei se ele não tinha receio de que as árvores não crescessem, pois percebia que ele nunca as regava.
Foi quando, com um ar orgulhoso, ele me descreveu sua fantástica teoria.
Disse-me que, se regasse suas plantas, as raízes se acomodariam na superfície e ficariam sempre esperando pela água mais fácil, vinda de cima.
Como ele não as regava, as árvores demorariam mais para crescer, mas suas raízes tenderiam a migrar para o fundo, em busca da água e das várias fontes nutrientes encontradas nas camadas mais inferiores do solo.
Assim, segundo ele, as árvores teriam raízes profundas e seriam mais resistentes às intempéries.
Disse-me ainda, que freqüentemente dava uma palmadinha nas suas árvores,comum jornal enrolado, e que fazia isso para que se mantivessem sempre acordadas e atentas.
Essa foi a única conversa que tive com aquele meu vizinho.
Logo depois, fui morar em outro país, e nunca mais o encontrei.

Vários anos depois, ao retornar do exterior fui dar uma olhada na minha antiga residência.
Ao aproximar-me, notei um bosque que não havia antes.
Meu antigo vizinho, havia realizado seu sonho!
O curioso é que aquele era um dia de um vento muito forte e gelado, em que as árvores da rua estavam arqueadas, como se não estivessem resistindo ao rigor do inverno.
Entretanto, ao aproximar-me do quintal do médico, notei como estavam sólidas as suas árvores: praticamente não se moviam, resistindo implacavelmente àquela ventania toda.
Que efeito curioso, pensei eu...
As adversidades pela qual aquelas árvores tinham passado, levando palmadelas e tendo sido privadas de água, pareciam tê-las beneficiado de um modo que o conforto o tratamento mais fácil jamais conseguiriam.


Todas as noites, antes de ir me deitar, dou sempre uma olhada em meus filhos.
Debruço-me sobre suas camas e observo como têm crescido.
Freqüentemente, oro por eles.
Na maioria das vezes, peço para que suas vidas sejam fáceis:
"Meu Deus, livre meus filhos de todas as dificuldades e agressões desse mundo"...
Tenho pensado, entretanto, que é hora de alterar minhas orações.
Essa mudança tem a ver com o fato de que é inevitável que os ventos gelados e fortes nos atinjam e aos nossos filhos.
Sei que eles encontrarão inúmeros problemas e que, portanto, minhas orações para que as dificuldades não ocorram, têm sido ingênuas demais.
Sempre haverá uma tempestade, ocorrendo em algum lugar.
Portanto, pretendo mudar minhas orações.
Farei isso porque, quer nós queiramos ou não, a vida não é muito fácil.
Ao contrário do que tenho feito, passarei a orar para que meus filhos cresçam com raízes profundas, de tal forma que possam retirar energia das melhores fontes, das mais divinas, que se encontram nos locais mais remotos.

Oramos demais para termos facilidades, mas na verdade o que precisamos fazer é pedir para desenvolver raízes fortes e profundas de tal modo que quando as tempestades chegarem e os ventos gelados soprarem, resistiremos bravamente, ao invés de sermos subjugados e varridos para longe.

"A única coisa que deve ser maior que seus sonhos é a vontade de realizá-los"



O que as escolas não ensinam


Aqui estão alguns conselhos que Bill Gates recentemente ditou em uma conferência em uma escola secundária sobre 11 coisas que estudantes não aprenderiam na escola.

Ele fala sobre como a "política educacional de vida fácil para as crianças" têm criado uma geração sem conceito da realidade, e como esta política têm levado as pessoas a falharem em suas vidas posteriores à escola.
Muito conciso, todos esperavam que ele fosse fazer um discurso de uma hora ou mais...
Bill Gates falou por menos de 5 minutos, foi aplaudido por mais de 10 minutos sem parar, agradeceu e foi embora em seu helicóptero a jato...

Regra 1:
A vida não é fácil: - acostume-se com isso.

Regra 2:
O mundo não está preocupado com a sua auto-estima.
O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo.

Regra 3:
Você não ganhará R$ 20.000 por mês assim que sair da escola.
Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.

Regra 4:
Se você acha seu professor rude, espere até ter um Chefe. Ele não terá pena de você.

Regra 5:
Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social.
Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.

Regra 6:
Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com eles.

Regra 7:
Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora.
Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são "ridículos".
Então antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.

Regra 8:
Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim.
Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar.
Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real.
Se pisar na bola, está despedido..., RUA !!!!!
Faça certo da primeira vez!

Regra 9:
A vida não é dividida em semestres.
Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

Regra 10:
Televisão NÃO é vida real.
Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boite e ir trabalhar.

Regra 11:
Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas).
Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar PARA um deles.

Bill Gates 


 

Uma pescaria inesquecível

  Ele tinha onze anos e, cada oportunidade que surgia,  ia pescar no cais próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava em  meio a um lago.
   A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava liberada.
   O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água. Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago.

   Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha.
   O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com muito cuidado, erguia o peixe exausto da água.
   Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada.
   O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras movendo-se para trás e para a frente.
   O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio. Eram dez da noite, faltavam apenas duas horas para a abertura da temporada.
   Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo:
   - Você tem que devolvê-lo, filho !
   - Mas, papai, reclamou o menino.
   - Vai aparecer outro, insistiu o pai.
   - Não tão grande quanto este, choramingou a criança.
   O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista.
   Voltou novamente o olhar para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável.
   Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura.
   O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu.
   E, naquele momento, o menino teve certeza de que jamais veria um peixe tão grande quanto aquele.
   Isso aconteceu há trinta e quatro anos.
   Hoje, o garoto é um arquiteto bem-sucedido.
   O chalé continua lá, na ilha em meio ao lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais.
   Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite.
   Porém, sempre vê o mesmo peixe repetidamente todas as vezes que depara com uma questão ética. Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de certo e errado.
   Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa.
   A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está nos vendo.
   Essa conduta reta só é possível quando, desde criança, aprendeu-se a DEVOLVER O PEIXE À ÁGUA.
   A história valoriza não como se consegue ludibriar as regras, mas como, dentro delas, é possível fazer a coisa certa, e como a gente deve se sentir bem por isso.
   A boa educação é como uma moeda de ouro: TEM VALOR EM TODA PARTE.
   E, para concluir, como os chineses: "uma boa educação deveria  necessariamente começar pelos avós."


Receitas de jovialidade

Jogue fora todos os números não essenciais para sua sobrevivência.

Isso inclui idade, peso e altura.

Deixe o médico se preocupar com eles.

Freqüente, de preferência, seus amigos alegres.

Os de "baixo astral" puxam você para baixo.

Continue aprendendo...

Aprenda mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa.

Não deixe seu cérebro desocupado.

Uma mente sem uso é a oficina do diabo.

E o nome do diabo é Alzheimer.

Curta coisas simples.

Ria sempre, muito e alto.

Ria até perder o fôlego.

Lágrimas acontecem.

Agüente, sofra e siga em frente.

A única pessoa que acompanha você a vida toda é você mesmo.

Esteja vivo, enquanto você viver!

Esteja sempre rodeado daquilo que você gosta: família, animais, lembranças, música, plantas,um hobby, o que for.

Seu lar é o seu refúgio.

Aproveite sua saúde.

Se for boa, preserve-a.

Se está instável, melhore-a.

Se está abaixo desse nível, peça ajuda.

Não faça viagens de remorso.

Viaje para o Shopping, para cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas não faça viagens ao passado.

Diga a quem você ama, que você realmente os ama, em todas as oportunidades.

E lembre-se sempre que:

"A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego:

de tanto rir...

de surpresa...

de êxtase...

de felicidade..."

"Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela,  mas há também aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol"

(Pablo Picasso


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